Não tenho nada nas mãos, a não ser um coração cheio, mas os valores não são transacionáveis e não basta humanizar a vida para reclamar o ser.
Poderei dormir ao relento e confundir-me no rosto de quem já o faz, mas não abro mão dos spas da alma que diariamente retorcida nas litigâncias de quem descrê, necessita de duches contínuos de emoção e esperança.
Não tenho nada nas mãos que compita com a postura civilizada e social de quem tem algo para mostrar, mas tenho oferendas de vida mesmo se não forem aceites, que me sustentam onde outros passam recibos por momentos partilhados.
Serei pobre e modesto no castelo imponente da vida social, onde tantos sorrisos me confundem a felicidade, mas dou banquetes de alegria a cada momento encontrado, simplesmente sendo.
Sim, não tenho nada nas mãos, mas talvez o coração equilibre o resto!
Cada um de nós tem uma asa. Se não estivermos unidos, jamais poderemos voar...