4.6.21

DESCONSTRUÇÃO DO EU


 A desconstrução do eu requer recursos emocionais, pelos quais devemos diariamente lutar.


Humildade para nos reconhecermos mais falíveis e finitos do que nos pensamos, o que é nova machadada no ego sempre sequioso de mais brilho e poder!
O ego é um centro de comando que necessita continuamente de vigilância, sob pena de autismo de valores e capacidades! Um pouco mais abaixo, e surgem complexos de inferioridade; um pouco mais acima, e já nos julgamos omnipotentes!

Outro recurso necessário à desconstrução do eu, sempre maquilhado com preconceitos, valorações distorcidas e percepções erróneas da realidade (incluindo a nossa própria), é a coragem para enfrentar a mudança, os medos e até as críticas de uma nova visão por parte de quem ainda não conseguiu esse trabalho.

A resiliência é outro recurso indispensável, dado que são vários os escolhos no caminho, lento o resultado, e obriga a caminhos mais solitários até à plenitude da assunção pessoal na sua fragilidade e no seu vigor.

Sem a noção de que a ausência de uma atitude constante de autocrítica nos tornará balofos a massajar o ego, a mudança não se faz e o crescimento fica comprometido.

Importa sermos grandes naquilo que verdadeiramente somos, e não nos cinismos sociais.

Precisamos de trabalhar diferentes recursos, para nos realizarmos na plenitude de seres humanos, que se devem a si e ao mundo, muito mais do que geralmente damos e somos.