Só é Natal quando damos Natal aos outros, e começa logo por ter de diferente o facto de não celebrarmos nenhuma fantasia, como o Halloween, o Carnaval ou o pai natal.
O Natal comemora o nascimento de Jesus Cristo há mais de dois mil anos, numa noite que hoje corresponderia eventualmente à altura do verão, e que os primeiros cristãos adoptaram para esta altura devido ao solstício de inverno, onde se comemora a festa da luz, sendo Cristo apresentado como a Luz.
Na raiz do Natal, está um facto humano, um menino Jesus que nasce despojado de grandezas numa gruta entre animais e, é por isso, que o verdadeiro Natal, será sempre o presépio do nosso coração.
Quem dorme nas palhas da fealdade da vida, dos cobertores que cobrem o frio da rua, dos envergonhados na pobreza e humildade, estão tantas vezes - nesses estábulos que indiferenciamos ou nem reconhecemos os sinais -, muito mais perto daquele Presépio verdadeiro, do que muitos de nós a subverter o significado e a comemorar o comércio.
Mas Natal é simplicidade e interioridade, é a fragilidade assumida e a força da entreajuda, nas lágrimas e sorrisos, nos abraços sentidos e na alegria da partilha do continuado parto de Belém... É isso que é Natal!
Longe ou perto, na multidão ou no silêncio, é na amizade que se faz Natal.
Porque o verdadeiro Natal sê-lo-á sempre que estivermos onde mais ninguém está!
F E L I Z N A T A L


