14.9.22

QUEEN OF HEARTS: PRINCESA DIANA

 


Foi preciso o fatídico evento do desaparecimento da Princesa Diana, para que, Isabel II pudesse ser o que vimos nos últimos 25 anos.


Nessa altura, todo o povo entronizou Diana como a Princesa do Povo, que estava muito aquém do que Isabel II na sua ignorância emocional, rigidez protocolar e austeridade "humana" pudesse supor, obrigando-a a interromper as férias, tal o clamor em Buckingham e por toda a Inglaterra, e forçando a rainha a rever, afinal, o que tinha acontecido ali, já lhe tinha retirado todos os títulos, jamais a apoiou na sua agonia partilhada apenas com o próprio povo e jornalistas (os únicos que a ouviam e entendiam).

A trágica morte de Diana, foi, paradoxalmente, uma espécie de revelação para a rainha Isabel II.

A partir de então, passámos a ver Isabel II num registo totalmente diferente, como pessoa, sorridente, afável, mais solta, mais próxima do povo, angariando a simpatia que até ali não deixava de ser formal, ou inexistente, porque descobriu naquela que ignorou em vida, que, afinal, ser rainha, era ser o que dizia Diana ("Queen of Hearts"), e que, só com o seu desaparecimento descobriu, qual conversão, que só se é verdadeiramente rainha, se também o for do coração, e não apenas a imagem distante e austera que, até ali, tinha escolhido...