27.7.23

NOTHING COMPARES TO ... WHOM




Sinead O'Connor... celebrizada pela bonita canção "Nothing Compares to You", que fala da dor da perda, do desencanto e do desgosto, de podermos fazer tudo o que quisermos, mas que "nada se compara a ti"!

É muito difícil o abandono, a ausência d@ "twin face"! Como é difícil o luto de outras emoções, que corrompe as fundações da nossa existência e razão de viver. Já dizia Oscar Wilde que, "onde há dor, o chão é sagrado"!

Mas a vida é simultaneamente o inferno e o paraíso, e as emoções são uma tão forte bomba nuclear, que paralisa o neocórtex, e coloca a vida em suspenso! Daí a importância em sabermos gerir as emoções, que tanto matam, como curam.

Não porque fosse o neocórtex a, absurdamente, nos dar o estímulo e a motivação de empreendermos uma jornada única, simplesmente única, a nossa, pessoal e intransmissível, a de cada um de nós, no desafio de viver, mas porque existem alturas em que também se pode morrer interiormente por excesso de amor...

E, quando, subitamente desapareceu de nós, é como se uma parte integrante nos tivesse sido arrancada: o coração, como sinal de amor romântico e universal, de piedade e compaixão, de sede existencial que não precisa do intelecto para ser feliz.

Neste tema musical, fala-se do amor amoroso, como podia ser do universal, do afetivo, do fraternal.

Mas podia ser qualquer outra dor, como a inevitável morte (física), que, porém, só a aceitamos obrigados, violentados, mesmo sabendo que todos somos mortais, finitos, pó.

E, então, na cruz da ferida de um coração rasgado pela dor de quem partiu, porque "nothing compares to you", acabaremos por saber, nesse vale de lágrimas que só nós podemos resgatar, mesmo com a ajuda de poderosos auxílios e ferramentas, que, na verdade, é com estranheza e humildade que, ao aquietarmos a angústia e a ansiedade, o "nothing compares to you", referia-se, afinal, a nós...

Não somos ninguém sem o Outro, mas também não somos ninguém sem nós...