23.8.12

VOU-ME EMBORA!


 
 
Vou-me embora.
Na realidade permaneço
em mim,
 mas vou-me embora.
 
 Vou-me embora do
 desejo de esperar,
 como quem encolhe
 os ombros perante
 a fealdade do tempo.
 
 Vou cristalizado
 sem vontade de partir
 mas tenho de me ir embora.
 
Se eu ficar,
 estarei a dar à demência
a ilusão da felicidade!
 
Por isso vou-me embora,
mesmo ficando aqui!
No canto vazio do sonho...