12.11.09

VISTO-ME DE SOMBRAS


Visto-me de sombras. Sou refém de mim. Aceito o convite do silêncio. Sigo em passos lentos para não incomodar a vida. Assusto-me com as pessoas que têm sentimentos neutros. Espanto-me com a palidez da tristeza. Revolto-me com as injustiças. Despeço-me dos sonhos. Olho de soslaio a ilusão.

Pelas ruas da solidão, encontro a saudade embriagada. Olhos cegos de esperança. Com as mãos da dor, rezo um terço de lágrimas. Prendo os pensamentos nos convés do tempo. Tempo que ficou em mim sem nunca ter sido. Fecho a cortina do dia. Adormeço no colo da noite. Até que a aurora me resgate.

***

Deixem-me ir aos vossos blogs com mais tempo do que a atenção que neste momento merecem e não vos posso dar, tá? Não que estejam esquecidos. Chego a espreitá-los e tudo, mas como digo, merecem maior atenção pela simpatia e amizade com que me brindam, do que aquela que neste momento posso dar.

Queria também agradecer à Nade o selo que me ofertou já há dias. Ofereço-o a quem quiser levar. Basta clicar no link. Obrigado Nade. Já está na barra lateral dos selinhos com que me ofertam tanta amizade e carinho.

E dizer à Ailime que me comoveu o seu comentário dois posts atrás, mas não me julgue assim tão exemplar e muito menos peça desculpa por ter copiado o post e enviado para o seu filho. Eu é que agradeço que me tenha aproveitado para alguma coisa. Só somos exemplares quando temos quem nos siga. E eu não passo de um suspiro que o Tempo carrega sem ele mesmo saber...