Tùnel Metro Avenida
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Restauração (Chiado): barulho sem ninguém
Chiado madrugando
Convite
Hoje tentei colocar em dia as visitas, por mail e/ou blogues a alguns dos muitos amig@s virtuais que, aos poucos, acabam por se tornar mais reais. Encontrei, como já sabia que ia encontrar, pérolas diferentes, estados de alma, poesias, fotos. Mas há dois que partilho porque me identifico tanto.
Num deles, um jovem enfermeiro escreve em homenagem a um doente que havia escrito uma carta ao pai natal que tornou pública no seu blogue: "Hoje faria 24 anos… Ainda me lembro que há dois anos atrás celebrei o seu aniversário oferecendo-lhe a pulseira da amizade, o símbolo que uniria para sempre a nossa relação".
No outro blogue leio isto:
"Conheço a C. apenas hà 4 meses mas já a trato por amiga. A C. é uma mulher fantástica. Tem uma simpatia contagiante, está sempre a sorrir e tem um sorriso lindo, tem sempre uma palavra amiga para nos dizer, é a primeira a levantar-se quando alguém precisa de ajuda (não se limita a dizer: queres ajuda?, ela levanta-se sem dizer nada e vai ajudar), tem um amor incondicional pelos animais, é super divertida e é a minha C. :) (...) Perco a conta das vezes que ela me faz o jantar. Perco a conta das vezes que me liga só para saber se estou bem. Perco a conta das vezes que já me ajudou."
Depois termina, dizendo que essa amiga conseguiu entrar num mestrado para a Austrália para onde irá já em Fevereiro, o que deixa uma ponta de tristeza, mas uma grande alegria pela amiga.
Mais do que palavras, o meu conceito de Amizade é exactamente isto. A resposta expressa de um jovem enfermeiro a outro jovem em estado terminal, através da pulseira da Amizade, e esta amizade espontânea entre estas duas amigas de apenas quatro meses, onde enfoco o que coloco a bold.
São estas Amizades assim, que sempre enalteço e de que tanto falo. As amizades que nos regam com telefonemas, s.m.s., ajudas práticas, e não se ficam pelo socialmente correcto ou até onde se pode ir. Pode ir-se até onde quisermos. Quantos gestos de amor por fazer. Por mim, também tento naquilo que, mais do que possível, me é permitido fazer. Já fizeram algum gesto "mais além" hoje? Quem (me) arrisca?
Estamos no Natal. Natal é isto. Darmo-nos por inteiro. No matter what.