20.3.21

DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE


 A felicidade, cujo dia internacional hoje se comemora, juntamente com o início da primavera, é aquilo que cada um concepcione ser, mas há alguns conceitos que precisam de ser desmontados, como quem atribui à riqueza a sua fonte.


Ter dinheiro proporciona bem estar, conforto, prazer pessoal, mas não é a felicidade em si.

Porque uma pessoa deixada numa ilha paradisíaca com tudo ao seu dispor, depressa esgotava a sua verdade existencial se não houvesse a partilha, o sentimento de que é desejada, amada, apreciada, de que ela mesma pode contribuir para a felicidade alheia pelo que é, e não pelo que tem.

Uma pessoa, que por. ex. tenha um índice de felicidade de 45, e que por força de algum euromilhões passe para 90, ao fim de algum tempo, três, seis meses... tende a voltar ao 45.

Sim, houve um pico no bem estar, no poder fazer tudo o que o dinheiro pode comprar, mas isso passa, porque a felicidade é insusceptível de avaliação pecuniária.

O dinheiro não compra o amor, os amigos de verdade, a saúde. O dinheiro é uma necessidade inequívoca e que contribui para nos sentirmos bem, sem apertos financeiros, o que nos alivia imenso e provoca um estado de desafogo e alegria, o dinheiro é necessário para garantir as nossas necessidades básicas e por isso tem uma importância incontornável, é indiscutivelmente imprescindível, mas continua a não ser a felicidade.

Porque a Felicidade é Amor. É sentir que caminham connosco, que somos compreendidos e desejados, é beijar um cão, é ser abraçado, é ter o coração a palpitar, ver o mar e a lua, o nascer do sol, secar uma lágrima, entenderem a nossa, rirmos desbragadamente inocentes sem clichés sociais do politicamente correcto, fazer caminho com pessoas inteiras, ter saúde, partilhar, ouvir a noite, oferecer e receber um sorriso, dirimir conflitos, evitarmos que se cometam injustiças, pugnar pelos que necessitam de atenção e não pelos que a ostentam, é sermos compreendidos, aceites, livres...

É sempre nas coisas simples que se encontra a felicidade. Mas mais ainda, na relação humana da simplicidade, da autenticidade, da confiança e do Amor. E não se é feliz todos os dias, mas na compreensão das nossas atitudes e no alento que nos dão.

Tudo o resto é importante, mas acessório a que possamos dizer com propriedade que somos felizes, porque sem o Amor nas suas diversas vertentes, o mero hedonismo é um diamante perdido no deserto, ofuscado pelo sol que verdadeiramente brilha, sem uso nem esplendor... Porque só o Amor liberta e dá razão à existência...