13.2.22

DO AMOR UNIVERSAL


"Eu não preciso de ti e tu não precisas de mim, mas se tu me cativas nós precisaremos um do outro", escrevia Saint Exupery.

Uma história de amor pode ser a de "O Principezinho". A fragilidade da condição humana toca-nos mais quando a sentimos em nós mesmos, ou no tecido humano de quem mais amamos.
Repensa-se o sucedido à luz de uma experiência vivida e não teorizada. E guarda-se no nosso património imaterial, conferindo-nos maior sapiência de vida.
O Amor é entrega, doação. É dar a minha parte que acredita, que investe, que suaviza, que partilha, para também eu me completar.
Valemos pelo que pensamos, sentimos e somos, pelo que cativamos e deixamos cativar. Temos necessidade de amar, e até o mais intrépido homem tem dentro de si um lençol freático onde crê, mesmo que não apreenda no esgazeamento de existir, essa capacidade de amar e de dar.
É o Outro a chave da existência. É o Outro que lhe confere significado e, por isso, é no Outro que nos realizamos. Refiro-me ao amor humano, ao amor universal, não apenas o romântico.
Precisar, cativar, amar, é a chave homóloga da razão da existência. Com sorrisos ou com lágrimas, no fim, é sempre o Amor que vence, mesmo que chegue trilhado, espezinhado, sofrido. Porque foi amassado no coração do homem, simultâneamente pedra e pétala.
E, o pior de tudo, é que muitas vezes leva-se quase uma vida inteira para se perceber que foi ele que valeu a pena, o Amor, nas suas diversas manifestações... porque só ele, o Amor, dá razão à existência!
O intelecto é uma mera ferramenta, mas não a razão de existir.