"Preciso de munições, não de uma boleia". Com apenas dois anos de poder e sabendo correr o risco de poder morrer com a mulher e os dois filhos, o presidente da Ucrânia mantém-se na defesa do seu país ao lado dos seus concidadãos, desde sem abrigo a recolher garrafas pelas ruas e tudo o que possa servir para cocktails molotov, aos restantes ucranianos munidos de kalashnikovs que não se pensariam voltar a usar desde a II Guerra Mundial, tudo porque um megalómano presidente russo decidiu invadir um país soberano, como fez com a Crimeia e querendo de novo, o grande império soviético.
Um retrocesso civilizacional impensável no coração da Europa em 2022, e não nos países fanáticos orientais como o Irão e todo aquele caldo de países das redondezas onde existe sempre uma bomba relógio.
Já há 22 anos Putin tinha recusado a ajuda da Noruega quando do acidente do submarino Kursk onde morreram centenas de homens...porque Putin quis. Não conseguindo desencarcerar os homens do submarino ao fim de três dias, a Noruega ofereceu-se para ajudar com soluções que sabiam resultar, mas no seu orgulho impiedoso e imperialista da grande mãe Rússia, tal como agora com a Ucrânia, recusou a ajuda, e, inevitavelmente todos pereceram no submarino...
Algo que me ficou marcado de Putin, porque acompanhei a agonia da esperança dos homens do submarino que Putin preferiu asfixiar, quando podiam ter sido salvos. Foi criminoso.
Hoje, temos um presidente ucraniano que, sim, é um herói independentemente do desfecho que esta vergonhosa guerra venha a ter, porque não apenas motiva os ucranianos, como fica sem ir a correr salvar o corpo das balas como outro faria à mais pequena ameaça.
Um Homem é isto. Viver é isto. Não as intenções, os sorrisos amarelos, os discursos bonitos ou o politicamente correcto. De outra forma, de que valeu ter uma vida?