8.4.22

PERCEPÇÃO E REALIDADE

 

O problema dos livros de auto ajuda, é que enfatizam o pensamento positivo, apagam a experiência do sofrimento para novamente chamar à atenção do pensamento positivo, e fazem sempre um fortíssimo apelo à auto satisfação e ao prazer. Alguns têm boas técnicas e tácticas úteis, mas no geral é isto!
É um erro. Tal como o amor não é o que idealizamos mas sim o que construímos, também a vida não é um quadrado estanque onde nos realizamos hedonista e egoisticamente.
Somos seres relacionais, e precisamos de saber que a felicidade não é a mera satisfação de caprichos e prazeres (esgotar-nos-iamos tão rapidamente que abriríamos uma ferida existencial), mas a capacidade de ser Pessoa e de partilhar valores de Amizade, Entreajuda, Esperança e Amor.
As experiências negativas devem ser incorporadas para melhorarmos, para nos reconhecermos falíveis, e aceitarmos o que for inevitável ou não depender de nós, e só desta forma, integrando o sofrimento e sabendo que a felicidade não é o mais ter mas o mais ser, nos realizarmos como Pessoas!
Sem humildade suficiente, mas com autoestima e não o sorvedouro do ego, não nos reconheceremos falíveis, as palavras não correspondem às acções, e a mudança não se faz.
Por isso nos vemos muito importantes no espelho da auto percepção, um viés cognitivo, quando, na realidade, continuamos mesquinhos e pequenos como na história do rei que vai nu...