Dezembro. O mês "oficial" do Natal! Mas as prendas não são obrigatórias.
Nem precisamos do Natal para as dar.
O Natal não é o que a sociedade faz dele, mas a nossa capacidade de mostrarmos por gestos e atitudes práticas, a nossa própria Humanidade!
Logo, resta saber se quer continuar nessa disfuncionalidade existencial, ou enfrentar de peito aberto, com verdade, todos os monstros que ele próprio produz e carrega.
Mas, tudo isto, requer reconhecermo-nos tão grandes quanto frágeis.
Tão fortes, quanto vulneráveis.
E por não descermos a nós mesmos, vivemos acreditando que estamos bem.
É como tudo isto engalanado nas ruas, com cores e luzes e sons, mas o Natal não é isso!
Vivemos a época, o rito, a forma, mas e a substância que a faz?
Sim, Natal é Amor, entrega, verdade, alegria e paz.
Mas limitamo-nos a constatar!
Falta o calor, a chama, a abertura, o sairmos de nós e das nossas certezas, o arriscar, o ir mais longe, e não apenas saber o que é o Natal!
Esquecemo-nos da prática.
De oferecer o melhor que temos, e que nunca são coisas que o dinheiro possa comprar.
E sempre que não estamos presentes para nós, para uma revisão de consciência dos nossos actos diários, entrando responsavelmente em contacto com as nossas emoções para nos ajuizarmos de verdade, e estarmos atentos se não não vivemos já em automático, cheios das nossas crenças a que chamamos certezas...
...então também não conseguiremos estar presentes para os outros.
E quando não estamos presentes para nós, também não podemos estar presentes para os outros.
E precisamos dessa reflexão, paragem e tempo para as sentir e perceber.
Serão elas, não a razão, a ditar a nossa conduta de vida e, onde, em que momento, nos precisamos de auto ajustar.
Só com essa verdade é que somos livres.
Porque a liberdade vem sempre depois da verdade.
O natal social é tão ruidoso e cansativo, que até nos esquecemos que esse não é o Natal que devemos celebrar.